terça-feira, 9 de abril de 2019

Tireóide, homeostase, hormônios relacionado ao controle interno.

As inúmeras funções do sistema endócrino podem ser resumida em:
garantir a reprodução, promover o crescimento e o desenvolvimento e garantir a homeostase do meio interno.
A célula secretora é responsável pela síntese e secreção dos hormônios que vão levar a informação.
A célula-alvo é aquela que vai reconhecer o hormônio e modificar alguma função celular,
é aquela que vai expressar o receptor hormonal específico para esse hormônio,
o que ocorre durante a diferenciação celular.
A definição clássica de hormônio diz tratar-se de substância química produzida por tecidos especializados e
secretado na corrente sanguínea, na qual é conduzida até a célula-alvo.
Esta correlação está equivocada, pois nem todo hormônio necessita cair na corrente sanguínea,
nem ser secretado por uma glândula endócrina (pode ser produzido pelo coração, fígado, tecido adiposo, neurônios, etc).
A principal característica de um hormônio é induzir modificações/resposta celular.
O parênquima da glândula tireoide possui células especializadas na síntese e secreção do hormônio calcitonina,
importante na regulação da homeostase.
A acetilcolina e a noradrenalina são neurotransmissores e hormônios,
mostrando que ambos os sistemas caminham juntos.
Hormônios Hidrossolúveis: A maioria dos hormônios, hormônios proteicos e derivados de aminoácidos.
A síntese desses hormônios depende da disponibilidade intracelular de aminoácidos e
do conteúdo e atividade de algumas enzimas chaves no processo de metabolização do aminoácido.
Ao chegarem na célula alvo, agem por transdução de sinais após a ligação da molécula ao receptor de membrana.
Hormônios esteroides → cortisol, esteroides, vitamina D, hormônios da muda de insetos.
O cortisol é produzido no córtex das glândulas adrenais e influenciam o metabolismo de muitas células.
Os hormônios sexuais são produzidos no ovário e no testículo e são responsáveis pelas características
sexuais secundárias que distinguem machos de fêmeas.
A vitamina D torna-se ativa no fígado e rins e regula o metabolismo de cálcio.
Os receptores nucleares  se ligam a sequências específicas de DNA adjacentes aos genes regulados pelo ligante.
Alguns se localizam no citosol e entram no núcleo após a interação com o ligante.
Muitos receptores celulares possuem receptores intracelular idênticos, mas o conjunto de genes regulados por
eles é diferente em cada tipo celular.
Difundem-se através da bicamada fosfolipídica das membranas celulares e ligam-se a receptores nucleares
ou do citosol. A ativação do receptor normalmente ativa um gene, estimulando a transcrição de um novo mRNA
que atua como molde para a síntese de novas proteínas. É um processo lento.  
Controle do meio interno – homeostase. Funções mediados por diferentes órgãos
(temperatura, frequência respiratória, pressão arteriolar, etc.) que não estamos alertas conscientemente,
e que, nos permite desempenho ótimo/máximo. Adaptações ao meio permite sucesso reprodutivo e
continuidade da espécie.
Variáveis sobre o controle homeostático:
Temperatura, pressão sanguínea, pH, osmolaridade, diversos íons, diferentes hormônios,
várias substâncias químicas usadas na comunicação celular.
Sensores que monitoram essas variáveis:
Glicose. O SN só usa glicose. Se houver uma falha em uma dessas variáveis, ocorre uma condição patológicas.
Poucas células têm contato com condições do meio externo.
Alterações no meio extracelular geram respostas celulares.
Experimento a nível comportamental: de onde vem essa característica? Buscar a nível celular.
Uma resposta celular possui uma importância, é necessário saber o que a proteína X faz, por exemplo.
Anêmona possui mobilidade muito reduzida, praticamente não responde à estímulos. Em insetos,
ocorre o SN organizado, com cordão neural.
Sistema nervoso- 100 bilhões de neurônios, mas quase 100 células da glia. Como concatenar?
Organizado em redes nervosas, comunicação celular. Recebe a informação, integra e envia para o local certo.
A comunicação celular é a base da homeostase.
Junções comunicantes – substâncias passam diretamente de uma célula para outra, formando um sincício.
Ocorre através de proteínas conexinas (vertebrados) ou inexina (invertebrados) que formam conexons e a
junção de conexons de 2 células ligam o citoplasma de modo que substâncias como hormônios e
segundo mensageiros não necessitam sair da célula para se comunicar com outras células.
Sinais dependentes de contato - Uma proteína de membrana de uma célula reconhece a proteína de
membrana de outra célula.
Sinais autócrinos –atuam na mesma célula que foi produzido o sinal ou células adjacentes do mesmo tipo celular.
Sinais parácrinos – atuam em células adjacente diferentes daquelas que o secretou.
Informação chegue do hipotálamo para o coração?
As duas formas de comunicação que vão integrar o organismo como um todo: sistema endócrino
e sistema nervoso.
Célula endócrina produz um mediador químico (hormônio) que vai na corrente sanguínea
e, ao cair em um receptor, o receptor vai desencadear uma resposta na célula-alvo.
Hormônio – LIBERADO NA CORRENTE SANGUÍNEA, MUITOS SÃO NEUROTRANSMISSORES NO SN
EX. ADRENALINA.É liberado na corrente sanguínea como hormônio, mas é um neurotransmissor no SN.
 São mediadores químicos (pode ser neurotransmissor, neuro-homônio ou hormônio).
Outros exemplos: Insulina, ADH, angiotensina.
Regulação neural de um determinado sistema – HIPOTÁLAMO.
Postulados de Cannon descreve as variáveis reguladas e os sistemas de controle fisiológico:
O sistema nervoso tem um papel na preservação da ‘’aptidão” do meio interno.
O SN coordena e integra o volume sanguíneo,  osmolaridade do sangue, pressão sanguínea e a temperatura
do corpo, entre outras variáveis reguladas.  Alguns sistemas do corpo estão sob controle tônico.
Uma determinada função não está funcionando em seu modo máximo
(temperatura, batimento cardíaco, pressão arterial) e nesse nível que ela funciona ela permite o ajuste.
Ex: Regulação neural do diâmetro de determinados vasos sanguíneos nos quais um aumento nos sinais de
entrada do SN diminui o diâmetro, uma diminuição nestes sinais aumenta o diâmetro.
Alguns sistemas corporais estão sob controle antagonista.
 Ex: A insulina e o glucagon são hormônios antagonistas, a insulina diminui a concentração de glicose no
sangue e o glucagon aumenta.
Nas vias controladas pelo SN, por exemplo a frequência cardíaca, a via simpática aumenta a
frequência cardíaca e a via parassimpática diminui, mas nem sempre o SNA simpático é antagonista
do parassimpático.

Um sinal químico pode ter efeitos diferentes em tecidos diferentes.
Agentes homeostáticos antagonistas em uma região do corpo pode ser cooperativo em outra região.
Depende de receptores do local. O receptor que é responsável pela ação.
Adrenalina gera vasoconstrição no músculo esquelético e gera vasodilatação no intestino.
Receptores adrenérgicos alfa e beta.
Um mesmo neurônio pode liberar vários neurotransmissores e a célula pode ter diferentes reações
dependentes dos receptores que tem nela. As células da glia também podem liberar mensageiros químicos.
A homeostase pode ser mantida por alças de curtas e longas distâncias e sempre possuem três componentes:
um estímulo ou mudança de condição, uma célula ou tecido que avaliam o estímulo e iniciam a resposta e
as células ou tecidos que efetuam a resposta.
Na via local, uma mudança ocorre na vizinhança de uma célula ou tecido e provoca uma resposta parácrina ou autócrina.
As vias reflexas respondem a variações que são mais amplas e de natureza sistêmica,
onde um centro de controle (sistema nervoso, sistema endócrino e citocinas que controlam a produção de
células brancas do corpo contra invasores) fora do tecido afetado recebe informações e toma a decisão de
enviar um sinal químico ou elétrico que inicia a resposta.
Exemplo de via local: diminuição da concentração de oxigênio de um tecido.
As células que recobrem os capilares que trazem sangue para aquela região percebem o decréscimo na
concentração de oxigênio e respondem secretando uma substância parácrina, como o CO2 e o ácido lático,
que causa o relaxamento da musculatura da parede e dos vasos sanguíneos, dilatando os mesmos e
permitindo ingresso de mais sangue e oxigênio na área.
Vias reflexas: o SN, sistema endócrino ou ambos recebem o estímulo, integra a informação e
reage de modo apropriado. Podem ser circuitos de resposta ou circuitos de retroalimentação.
Um circuito de resposta normalmente segue um padrão:
Estímulo 🡪 receptor 🡪 via aferente 🡪 centro de integração 🡪 via eferente 🡪 efetor 🡪 resposta.
O estímulo pode ser uma alteração na temperatura, na concentração de O2,
na pressão sanguínea ou qualquer alteração nos parâmetros fisiológicos.
O estímulo é percebido por um sensor, que está monitorando seu ambiente e quando alertado sobre uma
variação,  envia um sinal (via aferente) que chega ao centro integrador, o qual avalia e integra o sinal,
comparando com um padrão, gerando uma resposta apropriada e é emitido um sinal pela via eferente que chega
ao efetor, onde gera a resposta apropriada para retornar aos limites de normalidade.
Corrida: alças de longas distancias vão regular o estado de vaso dilatação e essa resposta vem do SN.
Pode também haver um controle local, promovendo metabólicos que influenciam a vasodilatação.
Receptores sensitivos: células especializadas, partes de células ou receptores complexos multicelulares,
localizados anatomicamente na melhor posição para monitorar os parâmetros que ele detecta.
Olhos, orelhas, nariz, receptores da pele, receptores nas junções do esqueleto, de pressão nos vasos sanguíneos,
de osmolaridade, para oxigênio e CO2.  Os receptores de vias reflexas são receptores centrais
(no cérebro ou próximos a ele) ou periféricos (nas demais partes do corpo).
Todos os receptores possuem um limiar, um estímulo mínimo que deve ser atingido para desencadear
a resposta reflexa. Se um estímulo está abaixo do limiar, nenhum circuito de resposta será desencadeado.
Via aferente 🡪 Depende do tipo de reflexo, em reflexo nervoso é um sinal elétrico ou químico transmitido por
uma célula nervosa. Nos reflexos endócrinos não há via aferente porque o estímulo chega diretamente
na glândula endócrina.
Centro de integração 🡪 O centro de integração é o local que recebe a informação sobre a variação e decide
sobre a resposta adequada, comparando com um padrão. No reflexo endócrino, o centro de integração é
uma célula endócrina e no reflexo nervoso o centro de integração  reside no sistema nervoso que é composto
de encéfalo e medula espinal.
Via eferente🡪 No sistema nervoso a via eferente é um sinal elétrico e químico transmitido por um
neurônio eferente.
A característica diferencial do sinal é a via anatômica utilizada pela célula nervosa para o envio do sinal.
O nervo vago transporta o SN para o coração o nervo frênico para o diafragma.
Os sinais hormonais são transportados pelo sangue até chegar em seu alvo, diferenciando-se pela natureza
química do sinal. A via eferente de um reflexo integrado através do pâncreas será a insulina ou o glucagon
dependendo do estímulo.
Efetores 🡪 Os alvos dos reflexos nervosos são os músculos, as glândulas e algumas vezes o tecido adiposo.
Os alvos das vias endócrinas são quaisquer células que tenham os receptores apropriados para os hormônios.
Respostas 🡪 Resposta da célula ou tecido, que resulta da combinação do ligante com o receptor: abrindo um canal,
iniciando a síntese proteica, modificando atividade enzimática. Resposta sistêmica é o significado destes eventos
específicos para um tecido ou organismo como um todo.
Quando o hormônio adrenalina se combina com os receptores beta dois adrenérgicos localizados na parede dos
vasos sanguíneos, a resposta celular é o relaxamento da musculatura lisa e a resposta sistêmica é o aumento de
fluxo de sangue através do vaso.
O ponto de referência para qualquer parâmetro pode variar de pessoa para pessoa ou mesmo para um mesmo
indivíduo ao longo de um período de tempo e pode ser influenciado por herança genética e condições nas quais
as pessoas estão habituadas. A adaptação dos processos fisiológicos a um dado conjunto de condições ambientais
é a aclimatação, pode ocorrer naturalmente ou ser induzida artificialmente por um conjunto de parâmetros fixados
em laboratório.
Além disso, os pontos fisiológicos também variam para um mesmo indivíduo em respostas a fatores externos
como o ciclo claro-escuro e as estações do ano, determinando alterações de certos parâmetros de modo
previsível ao longo de um período de tempo, formando padrões de variações (biorritmos).
Retroalimentação é quando a resposta passa a fazer parte do estímulo. Circuitos de retroalimentação negativa
são homeostáticos, são projetados para manter o sistema no ponto de referência ou próximo a ele,
mantendo os parâmetros estáveis. O sucesso na manutenção da estabilidade pelo centro de integração depende
da sensibilidade do sistema, ou seja, da amplitude dos valores normais.
Alguns receptores são mais sensíveis que outros, por exemplo, receptores de osmolaridade respondem a
oscilações em 3% acima do normal e receptores da [O2] respondem quando tal concentração diminui em 40%.
Retroalimentação negativa é uma via onde a resposta se opõe ou remove o sinal, estabilizando a variável
fisiológica que está regulada. Todos os reflexos homeostáticos são controlados por retroalimentação negativa,
que podem restaurar o estado normal, mas não podem evitar o distúrbio inicial que altera os limites normais.  
Retroalimentação positiva não são homeostáticas, a resposta reforça o estímulo, desestabilizando a variável,
gerando um ciclo vicioso de respostas crescentes que leva a um descontrole temporário do sistema.
Necessita de alguma intervenção ou evento externo ao circuito para interrompê-lo. Exemplo: controle hormonal
das contrações uterinas durante o trabalho de parto. Libera ocitocina, libera contrações uterinas, mais ocitocina,
até que ocorra o nascimento do bebê.
Controle antecipado 🡪 Os circuitos de retroalimentação negativa podem estabilizar uma função e
mantê-la dentro de limites normais, mas são incapazes de prevenir a alteração que provocou o reflexo no
primeiro momento. Poucos reflexos evoluíram de modo a permitir que o corpo pudesse prever uma mudança
iminente e desencadear um circuito de respostas antecipadas a tais mudanças. Exemplo: reflexo da salivação.
A visão, cheiro, ou mesmo pensamento da comida é suficiente para desencadear o umedecimento da boca.
A saliva é liberada na expectativa de que o alimento será ingerido, podendo iniciar a secreção de ácido clorídrico
no estômago. Outro exemplo é a resposta corpo ao exercício.
Muitos hormônios são secretados continuamente, com concentrações que variam ao longo do dia.
A maioria desses reflexos ocorrem de modo previsível e são frequentemente ajustados para coincidir com uma
variação ambiental previsível com o ciclo claro-escuro ou as estações do ano.
Todos os animais possuem ritmos biológicos, os seres humanos têm ritmos biológicos para muitas funções do
corpo, incluindo pressão sanguínea, temperatura do corpo e processos metabólicos.
Muitos hormônios são secretados nos seres humanos de modo que sua concentração no sangue flutue de forma
previsível ao longo do ciclo de 24 horas. O cortisol, o hormônio do crescimento e os hormônios sexuais
são exemplos.
Significado adaptativo de funções que variam conforme o ritmo circadiano 🡪  
Os ritmos biológicos criam uma resposta antecipada para uma variável ambiental previsível.
Ritmos sazonais de reprodução em muitos vertebrados, excluindo mamíferos, ajustado para que quando a
prole nasça ela tenha comida  e outras condições favoráveis que maximizem a sua sobrevivência.
Os ritmos circadianos surgem de grupos especiais de células localizadas no cérebro e são reforçadas pela
informação sobre ciclo claro-escuro que chega através dos olhos.
Os reflexos biológicos são mediados pelo sistema nervoso, sistema endócrino ou ambos.
Pode ocorrer uma combinação de reflexos complexos, onde os sinais passam através de três centro de integração
distintos antes de chegar ao tecido-alvo.
Especificidade 🡪 O controle nervoso é muito específico porque cada célula nervosa possui uma célula-alvo ou
grupo de células específicos, nos quais enviam sua mensagem. O controle endócrino é mais geral,
o mensageiro químico é liberado na corrente sanguínea e pode atingir virtualmente qualquer célula do corpo.
Natureza do sinal 🡪 O sistema nervoso utiliza sinais químicos e elétricos para enviar informações através do corpo.
Os sinais elétricos percorrem longas distâncias através de células nervosas ou, em poucos casos, passam
diretamente de uma célula para outra através de junções comunicantes.
Os sinais químicos difundem-se em pequenas fendas entre células nervosas, ou entre a célula nervosa e a
célula-alvo. O sistema endócrino utiliza sinais químicos. Os neuro-hormônios são híbridos dos dois sistemas.
Velocidade 🡪 Os sinais nervosos são muito mais rápidos que os sinais endócrinos, sendo que os sinais elétricos
podem chegar a 120 m/s, neurotransmissores também são de respostas rápidas.
Os hormônios são bem mais lentos, sua distribuição desde os capilares até os receptores é mais demorada do
que sinais transportado por células nervosas. Hormônios possuem mecanismo de ação mais lento.
Reflexos que requerem uma resposta mais rápida são mediadas por sistema nervoso.
Tempo de duração da ação 🡪 O tempo de duração do efeito do sistema nervoso é mais curta que a do sistema
endócrino. O neurotransmissor liberado pela célula nervosa se combina com o receptor na célula-alvo e inicia uma resposta. A resposta é muito rápida, pois o neurotransmissor normalmente é degradado/removido da vizinhança do receptor por vários mecanismos. Para obter uma resposta mais duradoura, múltiplos sinais repetidos devem ser enviados pelas células nervosas.  Reflexos endócrinos são mais lentos para iniciar, mas tem duração mais longa,
de modo que a maioria dos reflexos de longa duração como o metabolismo e reprodução estão sob o controle
do sistema endócrino.
Intensidade do estímulo 🡪 O sinal a partir de qualquer neurônio é constante em magnitude, não podendo
refletir a intensidade do estímulo. A frequência de sinalização através do neurônio aferente aumenta.
No sistema endócrino, a intensidade do estímulo se reflete na quantidade do hormônio que é liberado,
quanto mais intenso é o estímulo, maior a quantidade de hormônio que é liberado.
Reflexos endócrinos 🡪 a célula endócrina atua como receptor e como centro de integração, não há via aferente,
normalmente não há receptor sensitivo diferenciado. A própria célula atua como um receptor, monitorando
diretamente o parâmetro de estímulo. A via eferente é o hormônio e o alvo é qualquer célula com o receptor
apropriado. Um exemplo é a secreção de insulina em resposta a variações nas concentrações de glicose no sangue.
As células que secretam insulina são capazes de monitorar diretamente as concentrações de glicose no sangue.
Quando a glicose no sangue aumenta acima do limiar, as células endócrinas percebem a variação e responde
secretando insulina no sangue. Qualquer célula no corpo com receptores de insulina irá responder ao hormônio e
iniciar o processo de retirada da glicose do sangue. A remoção do estímulo atua sob a forma de retroalimentação
negativa, e o circuito de resposta cessa a medida que os níveis de glicose no sangue diminuem abaixo de uma
certa concentração.
Reflexo nervoso: Todas as etapas do reflexo estão presentes, do receptor ao alvo. Um exemplo simples é o reflexo
patelar, onde uma pequena pancada no joelho ativa um receptor de estiramento, então um sinal químico e um
sinal elétrico viajam através de um neurônio aferente até a medula espinal (centro de integração).
Se a pancada for forte o suficiente, o sinal se desloca da medula através de um neurônio eferente até os músculos
da coxa. Em respostas, os músculos se contraem e a porção inferior da perna faz um movimento de chute.   
Reflexo neuroendócrino: A substância química liberada pelo neurônio se desloca através do sangue até seu alvo.
Um exemplo é a liberação de leite da mama em resposta à sucção do bebê. A boca do bebê no mamilo estimula
sinais sensitivos que se deslocam até o cérebro. Um sinal elétrico do neurônio eferente induz a liberação do
neuro-hormônio oxitocina no cérebro para a circulação. A oxitocina é transportada até o seio, onde provoca a
contração de musculatura lisa nas mamas (efetores) resultando na ejeção do leite.
Em vias complexas, pode existir mais do que um centro de integração. Reflexo endócrino com reflexo nervoso:
o alvo do reflexo nervoso inicial é uma célula endócrina que libera um hormônio.
Exemplo: controle da insulina pelo sistema nervoso. As células endócrinas do pâncreas possuem terminações
de neurônios de estímulo e de inibição, e elas integram a informação que provém do sistema nervoso com o seu
mecanismo de detecção direta das concentrações de glicose no sangue. Reflexo neuroendócrino com
endócrino: hormônio do crescimento. Reflexo neuroendócrino e dois endócrinos: padrão típico da maior parte
dos hormônios liberados pela adenohipófise, uma glândula localizada abaixo do encéfalo.
O encéfalo é o primeiro centro de integração e o neuro-hormônio é a primeira via eferente.
A glândula endócrina que é alvo do neuro-hormônio torna-se o segundo centro de integração, e seu hormônio,
a segunda via eferente. O alvo endócrino do hormônio eferente 2 é a terceira via eferente.
O alvo do último sinal, na sequência, é o efetor.


Sistema nervoso periférico autônomo:
Fora do sistema nervoso central.
SNV- vida vegetativa. O SNA é parte do SNV.
Porções aferentes – levam a informação da víscera para o SNC, havendo uma resposta e a informação é levada
pelas porções eferentes para o músculo.
Experimento 1849: 4 grupos de galos. Um grupo foi o controle- sem nenhuma cirurgia, o segundo ele removeu os dois testículos, no terceiro ele colocou um dos testículos na cavidade abdominal e o quarto ele transplantou um testículo de um animal e transplantou em outro.  Nessa época, as ferramentas era análise comportamental e morfológicas. Só os grupos em que os testículos foram removidos ele observou características diferentes, viu desenvolvimento menor da crista, os machos tinham menos interesse pela fêmea, eram menos agressivos que os outros. Ele viu que os testículos contribuem de alguma forma para as características sexuais secundárias e a sinalização não dependia do sistema nervoso.
O primeiro hormônio descrito foi a secretina (hormônio). Descrições antigas de hormônios e via de hormônios
proteicos. Como sei que uma glândula é endócrina?
O hipotálamo faz parte do SN e produz neuro-hormônios, mas hormônios sexuais são moduladas pelo
hipotálamo, mas não tem uma ligação anatômica.
Remover a glândula e ver o que acontece com os animais, gerando um estado de deficiência hormonal.
Recolocar a glândula ou administrar um extrato - reposição hormonal ou excesso hormonal.
Ao ver que é uma glândula, purificar para observar o que tem de composto ativo.
O reflexo neural tem um direcionamento, o sistema endócrino tem um hormônio circulando na corrente
sanguínea e a célula que tiver o receptor irá se ligar no receptor e exibir uma resposta.
O sistema nervoso e endócrino é muito integrado, os neurônios podem responder à hormônios,
que têm receptores para hormônios.
 Isso acontece no hipotálamo. As glândulas endócrinas podem receber estímulos dos axônios.
Fatores ambientais normalmente modulam o processo.
Células neurossecretoras são neurônios que secretam hormônios. O hipotálamo tem o controle nervoso e
endócrino. Os grânulos secretores dos neurônios secretam hormônios.
Eles podem estimular ou serem estimulados por neurônios.
Hormônios protéicos (hidrofílicos) não entram na célula, hormônios esteróides (lipofílicos) entram na célula e
se ligam a receptores intracelulares no citoplasma ou no núcleo. Receptores tem promiscuidade,
alguns receptores podem ter ligações de diferentes hormônios. Quem desencadeia a reação é o receptor.
Ação endócrina 🡪 Cai na corrente sanguínea para atingir a célula-alvo. Ação parácrina 🡪 prostaglandina,
é produzida no ovário, mas agem em outras células do próprio órgão. Comunicação autócrina 🡪 a célula se liga
a células vizinhas do mesmo tipo celular ou nela mesmo. Quem vai desencadear a ação é o receptor.
Definição de hormônio 🡪 Produzido por glândulas endócrinas e não endócrinas, tecido adiposo (leptina),
estômago, coração, neurônios. Podem estimular ou inibir e podem ou não utilizar a corrente sanguínea.
Hormônios derivados de aminoácidos, peptídeos ou proteicos, esteróides ou derivados de
ácidos graxos/eicosanóides. Através da pregnenolona são produzidos todos os esteróides,
todo mundo tem todos os hormônios, o que varia é a concentração de cada hormônio dependendo do ciclo
reprodutivo, são derivados de colesterol (27C) e clivado em pregnenolona. Eles entram na célula,
tem uma afinidade por receptores do núcleo ou no citoplasma, mas também existem receptores de membrana
para hormônios esteróides. A ação é diferente.
Hormônios proteicos são menos conservados, alteração na sequência de aminoácidos, no tamanho,
sequências ativas.
Comportamento de agregação de amebas na presença de cAMP na água.
A eficiência do transporte de um hormônio vai ser maior quando o animal tem um SC fechado.
As concentrações hormonais são muito baixas. Mas não são apenas quem tem SC fechados que tem hormônios.
Sistemas endócrinos bem elaborados em artrópodes, que têm SC abertos. Vitelogênese 🡪
Em vertebrados, o hipotálamo libera GnRH (hormônio liberador de gonadotropina) para a hipófise que secreta
FSH (hormônio folículo estimulante) que age nas células foliculares do ovário, produz um estradiol que age no
fígado, que produz vitelogenina que é incorporada no folículo que vai crescendo.
Importante em animais ovíparos. Invertebrados 🡪 células neurossecretoras secretam alalotropina,
estimulando o corpus allatum e produz um hormônio juvenil que age no corpo graxo.
 A adrenal é composta por células interrenais e células cromafins.
O sistema endócrino funciona com base em hormônios, principalmente esteróides e proteicos.
Feedback negativo e positivo.
Córtex cerebral 🡪  desempenho ótimo.
Eixo hipotálamo-hipófise🡪 A hipófise está localizada em um pedúnculo do hipotálamo e é dividida em
adeno-hipófise (porção glandular, produz hormônios) e neuro-hipófise, formada por axônios cujo corpo celular
está no hipotálamo. A origem embrionária é diferente.
A NEURO-HIPÓFISE NÃO SINTETIZA HORMÔNIOS, ELA LIBERA HORMÔNIOS QUE SÃO PRODUZIDOS NO
HIPOTÁLAMO. Os neurônios estão agrupados em núcleo hipotalâmico. Circulação porta: o FSH é produzido
na adenohipófise. GnRH é um hormônio proteico com 10 aminoácidos, é produzido no hipotálamo,
cai no sistema porta hipotálamo-hipófise e age nas células da adeno-hipófise, onde células com receptores
para GnRH vão estimular a produção de FSH.
Hormônios liberados na neuro-hipófise: ocitocina e ADH em mamíferos. O resto é na adeno-hipófise.
Em outros vertebrados tem hormônios parecidos, mas com pequenas diferenças nas sequências de
aminoácidos.
Hipófise de teleósteos necessariamente atravessa a neurohipófise para chegar na adeno-hipófise.
Hipófise de teleósteos não tem sistema-porta.
AVT – arginina vasotocina 🡪 função: promove reabsorção de água nos néfrons de répteis e aves e reduz a
taxa de filtração. Tem importância em anfíbios para a captura de água, principalmente em regiões áridas.
Pode reabsorver água a partir da bexiga urinária, também tem funções reprodutivas como secreção e postura,
mas o principal papel é na reabsorção.
Prolactina é um hormônio hipotalâmico liberado pela adeno-hipófise e a ocitocina é o hormônio hipotalâmico
da neuro-hipófise. Mecanorreceptores no mamilo estimula uma via sensorial ascendente que chega até o
hipotálamo e sinaliza, produzindo mais prolactina e mais ocitocina. Feedback positivo, até tirar o estímulo.
A prolactina estimula a secreção, no caso dos mamíferos é leite, mas em outros grupos tem outras secreções
com mais de 300 ações diferentes nos vertebrados.
As glândulas de sal em aves marinhas participam da osmorregulação de NaCl, elas têm como se livrar do c
loreto de sódio pela glândula de sal, metamorfose de girinos. O ambiente é muito importante.
Adeno-hipófise tem modulação do hipotálamo. Gene RH, TRH modula o TSH, cRH. Grau de etapas de
modulação. Atuação do hormônio de crescimento (GHRH). Em teleósteo varia muito os aminoácidos do
hormônio que é proteico. Em salmão varia muito. O hormônio age no fígado e estimula a produção de Igfs
e somatomedinas.
Corticosteróides 🡪 cortisol, corticosterona. Função: metabolismo e estresse. Quando está estressado,
promove o catabolismo, promove glicogenólise. O crh estimula a adeno-hipófise a produzir ...
Ajuda a lidar com o estresse, que pode ser crônico ou agudo.
Hormônios liberadores hipotalâmicos possuem ação na adeno-hipófise. Eles são o GhRH é o hormônio
liberador de GH (somatotrofina) e estimula os somatotrofos, o TRH estimula os tireotrofos a produzir TSH,
o GnRH estimula os gonadotrofos a produzir FSH e LH, o Prh estimula os lactotrofos a produzir prolactina e o
Crh estimula os corticotrofos a produzir ACTH (hormônio adrenocorticotrófico que estimula o córtex da
suprarrenal a funcionar). Os hormônios hipotalâmicos são estimulados por feedback negativo.   
Questões para treinar o assunto:
Explique sucintamente um mecanismo pelo qual um mesmo hormônio hipotético possa causar duas
respostas diferentes em células de diferentes tecidos.
 Um mesmo hormônio pode causar respostas diferentes devido à presença de diferentes receptores nos diferentes tecidos e, principalmente, pela transdução do sinal que o receptor gera na célula-alvo. A adrenalina é um hormônio peptídico que se liga a receptores adrenérgicos (isoformas) e é um exemplo clássico que possui mecanismos diferentes devido aos receptores. Na musculatura periférica, a presença de adrenalina se liga aos receptores beta 2 e causa o relaxamento da musculatura do vaso, causando a vasodilatação, já no intestino, onde ocorre a presença de receptores alfa adrenérgicos, o hormônio causa a vasoconstrição.
Ademais, podem haver divergência de proteínas sinalizadoras e efetoras e intracelulares para um mesmo hormônio e para um mesmo receptor, dependendo do tipo celular.

Quais os principais fatores que podem influenciar na variação da ação de hormônio?
Compare duas situações em que uma mesma substância desencadeia efeitos diferentes no organismo.
         
 A natureza do hormônio (peptídico, esteróide, derivado de aminoácidos), os receptores que irão captar a mensagem do hormônio e desencadear uma série de reações para transmitir a mensagem, podendo ser por transdução de sinais, por abertura ou fechamento de canais iônicos, por aumento da transcrição gênica e, consequentemente, síntese de mais proteínas. Além disso, destaca-se a presença a substâncias agonistas ou antagonistas que influenciam na ação hormonal e a aclimatação celular, dessensibilização, ubiquitinação.
Dois exemplos são a adrenalina, um hormônio peptídico que ao ligar-se a receptores adrenérgicos da família alfa causa a vasoconstrição no intestino e ao se ligar a receptores da família beta na musculatura periférica causa vasodilatação, além do exemplo da insulina e do glucagon que são hormônios antagonistas e, o efeito que prevalece é do hormônio em maior concentração. A acetilcolina aumenta a contração no músculo esquelético e diminui no músculo cardíaco.
Como um sinal químico pode ter efeitos opostos em dois tecidos diferentes? Cite exemplos.
        
 A adrenalina é um exemplo claro, os efeitos diferentes ocorrem principalmente pelos diferentes tipos de
receptores. Quando a adrenalina é liberada como neurotransmissor, ela age principalmente por canais iônicos e
quando liberada como hormônio, ela age com receptores de membrana associados à proteína G.

Os hormônios carregam um sinal único e direcionado para um organismo?
Considere em sua resposta a integração neuro-hormonal presente no corpo.
        
   No organismo, os sistema nervoso e hormonal estão intimamente relacionados devido às diferenças
características que ambos apresentam e que, se funcionassem separadamente, o indivíduo poderia facilmente
ter seu índice de sobrevida reduzido, como um rato que é caçado por um gato.
Os hormônios não transmitem um sinal único e direcionado (ao contrário do sistema nervoso), principalmente na
via de sinalização endócrina, o hormônio cai na corrente sanguínea e qualquer célula que tiver receptores com
afinidade para a molécula, desencadeará um efeito fisiológico.
Além dessa via, os hormônios também podem se comunicar via autócrina e via parácrina.
Explique a diferença entre os mecanismos de ação das enzimas ativadas por receptores acoplados à proteína G
e receptores tirosina-quinase.
         Hormônios que se conectam a proteínas G, por exemplo, podem estimular a Adenil-ciclase e,
consequentemente, aumentar a concentração de cAMP intracelular,  o que ativa proteínas quinase
e que vão fosforilar proteínas, inclusive proteínas de membranas, podendo causar abertura de canais iônicos e
desencadeando um efeito fisiológico. Entretanto, pode haver proteínas G inibitórias, onde impede a liberação do
GDP do domínio alfa da proteína trimérica G e, assim, impede um efeito fisiológico.  
Receptores tirosina-quinase vão atuar por cascata de fosforilação, onde a molécula-alvo que se liga ao receptor
e fosforila resíduos de tirosina vão desencadear uma cadeia fosforilação por ativação da fofolipase C, produzindo
IP3 e DAG.  
6. Qual a diferença entre o receptor metabotróbico e ionotrópico do ponto de vista de velocidade de
transmissão do sinal e molecular.
          Receptores ionotrópicos são proteínas canais localizados membrana plasmática, muitas vezes sensíveis à
um sinal elétrico (voltagem dependente), que, ao receber o sinal, abre e causam a despolarização ou
repolarização da membrana devido ao aumento de sua permeabilidade a íons.
É um receptor com alta velocidade de transmissão do sinal, recebendo sinais principalmente de neurônios.
Um exemplo é a liberação de adrenalina de um neurônio para uma célula muscular.
Receptores metabotrópicos, por outro lado, desencadeiam uma via de transdução de  sinais, com produção
de segundos mensageiros que causam reações químicas no interior da célula, principalmente de fosforilação,
para transmitir o sinais. Recebem sinais principalmente hormonais.
  1. O que é a dessensibilização de receptores? Dê um exemplo do que pode causar esse efeito.
       Dessensibilização de receptores é o efeito onde causa a queda na concentração de receptores da membrana
plasmática ou a queda da afinidade dos receptores pelo ligante. É um processo de atenuação do sinal,
desencadeado sob condições de estimulação longa, por muitos hormônios e neurotransmissores.
Mesmo com a continuidade do sinal extracelular, este não é mais respondido.
Pode ocorrer a nível do receptor, ou a nível componentes da cadeia de sinalização intracelular.
A nível de receptor, normalmente ocorre endocitose ou mudança conformacional do receptor por uma proteína
citoplasmática. A arrestina é uma proteína importante no processo, pois age como uma proteína adaptadora,
ligando o receptor a proteínas que fazem parte da endocitose, como as clatrinas e as AP-2.
São exemplos a queda de afinidade por mofina e o efeito do álcool no organismo ao longo do tempo,
onde necessita de maiores quantidades da substância para causar o mesmo efeito.
Tireoide
Uma molécula sinalizadora se liga à um receptor de membrana, ativando proteína  que pode alterar canais iônicos ou
ativar ou inibir enzimas amplificadoras, que produzem segundos mensageiros e ativam proteínas quinase ou
desencadeiam a liberação de cálcio do retículo endoplasmático. As tirosinas quinases fosforilam proteínas, que,
alteradas, geram a resposta celular. Gi inibe a formação de cAMP, Gs estimula a produção de cAMP, Galfa ativa
a proteína fosfolipase C que produz IP3 e DAG, G12,13 ativa proteínas Rho.
Proteínas G Ras são importantes na proliferação celular.
Efeitos do TSH no metabolismo:
Aumenta a síntese proteica e o metabolismo celular.
Aumenta o tamanho e a vascularização.
Aumenta o volume intracelular e estoque coloidal.
Aumenta a captação de iodo e a secreção de T3 e T4.
O pré-pró-TRH é clivado formando 6 TRH e outros peptídeos e proteína sinal.
 O RNA mensageiro nos ribossomos une aminoácidos formando uma cadeia peptídica,  o pré-pró-hormônio.
A cadeia é direcionada para dentro do lúmen do RE por uma sequência-sinal de aminoácidos.
Enzimas no RE retiram a sequência-sinal gerando o pró-hormônio que é transportada para o complexo de Golgi,
onde enzimas proteolíticas clivam o pró-hormônio, formando uma ou mais moléculas ativas, que serão excretadas
da célula por exocitose, o hormônio entra na circulação para ser transportado até a célula-alvo.
A glândula tireóide recebe inervação parassimpática e simpática do SNA, possui rica vascularização,
tendo aspecto avermelhado. O processo de formação depende de tireoglobulina, formação do colóide,
captação e organização de iodo, acúmulo de tiroxina e receptores de TSH. O folículo é a unidade funcional
da glândula,  onde ocorre o processo de biossíntese, armazenamento e secreção do HT.
O folículo é formado por uma camada de células foliculares tireoidianas ou tireócitos, que delimitam o lúmen que
é preenchido  por material coloidal.
Os folículos são estruturas esferoidais de aspecto cístico e o agrupamento de 30 folículos formam um lóbulo,
onde os limites são preenchidos por capilares sanguíneos, tecido conjuntivo, vasos linfáticos.
O processo de biossíntese de HT se inicia na célula folicular e termina no espaço luminal.
T3 e T4 permanecem no interior do folículo como material coloidal ligados a tireoglobulina até se iniciar o
processo de secreção hormonal.
O acúmulo do colóide no lúmen folicular confere suficiência de hormônio tireoidiano por algumas semanas.
Os folículos apresentam células foliculares de formato cúbico, mas em estado de hipotireoidismo, possuem
formato cilíndrico, com o espaço coloidal diminuto. Quando há diminuição de estímulo de TSH, como na ingestão
de HT, as células tornam-se pavimentadas e o lúmen amplo.
 Diferentes estratégias para adequar a ingestão de iodo na população: administração oral de lugol,
sal enriquecido com iodo, água com iodo, óleo iodado.
O processo de síntese de HT envolve: transporte de iodeto pela captação ativa, direcionamento e
transporte apical do iodo para o lúmen folicular; oxidação de iodeto, iodação de resíduos de tirosil da molécula
de tireoglobulina, formando iodotirosinas ainda ligadas à tireoglobulinas. A proteína NIS promove a entrada de
iodo para o meio intracelular por meio da Na-I-ATPase, contra o gradiente de concentração.
O TSH é o principal modulador da síntese de TH. O TSH é controlado pelo TRH e pelo TH, formando
uma tríade de feedback negativo.
O TRH chega a hipófise anterior via sistema porta-hipofisário.
O TRH interage com receptores específicos da adeno-hipófise estimulando a secreção de TSH
nas células tireotróficas e prolactina nas células lactotróficas. O TRH é liberado de maneira pulsátil e a
sensibilidades das células  tireotróficas depende do nível de T4 circulante. A somatostatina e a dopamina inibem
a secreção de TSH bem como os glicocorticóides e as citoleucinas.


Referências:
SILVERTHON. Fisiologia Humana, 2008.
AIRES. FISIOLOGIA, 2008.